sábado, novembro 05, 2005

Saudade

Essa palavra tão portuguesa, mas, mais do que isso, esse sentimento tão indescritível...
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Há quem diga que não há muito para dizer sobre "uns amigos que se conheceram num bar da região"*, ou ainda que esta tudo dito, mas... vamos ficar pelos factos que isso ninguem pode negar.
Em pouco mais de dois anos de existencia, o projecto denominado BASIC FUNTIONS aqueceu a cabine para um dos melhores dee jays do breakbeat internacional, mas... chego já a essa parte. No entanto, a lista de nomes sonantes que tiveram o privilegio de ter a seu lado a dupla de Paços de Ferreira tem muitas linhas, de entre as quais apenas vou relembrar algumas, e começo por falar do sr Sergio Gomes, tambem conhecido como o sr breaks lda, que para alem de d'j, torna realidade (dentro dos possiveis) uma grande parte dos eventos relacionados com o break beat no nosso país(quase todos).
A seguir, ganharam-lhe o gosto, e foi sempre a crescer, desde improvisar um "estudio" numa quinta onde quase não há visinhos e fazer umas festas na terrinha até, olharem para o lado e verem-se a partilhar um "palco" com A-sides, ou com um dos grandes senhores da cena drum'n'bass nacional, Filipe Saraiva, foi um passo.
Depois disso, e dada a qualidade musical demonstrada, chegar aos pontos de eleição dos amantes de breaks e d'n'b da zona norte, até parecia demasiado facil para ser verdade, e alguns "pequenos" sonho começaram a tornar-se realidade, como por exemplo, Porto-rio no Porto, e Insólito em Braga (capital nacional do breakbeat) abriram-se aos horizontes de André Neto e Bruno Neto, onde se deram ao luxo de fazer um set de abertura para o britanico Rich Thair, e para o australiano Smithmonger.
Vai daí começaram-se a desleixar e deixaram de fazer festas com ingleses e australianos, e a deixar grandes opurtunidades passar ao lado.
Um largo sorriso aparece no meu rosto e logo de seguida fico triste de cada vez que me lembro daquela que foi aclamada por muitas bocas, e mais importante que isso, por muitos ouvidos, como:
- "A melhor dupla de breakbeat nacional."** -
Para as próximas(se existirem), cá estarei para ver e ouvir.
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*de basicfunctions.blogspot.com
**de breakslda.blogspot.com (e tambem como opinião pessoal)

16 Comments:

At 7:04 da manhã, Anonymous Anónimo said...

obrigado.

 
At 3:10 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não agradeças a mim, agradece ao Sergio e ao André.

 
At 11:19 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Essa saudade é reciproca...
Fico contente por saber q ha alguem q sente a nossa falta! Quem sabe um dia matamos todos as saudades!... ;)

 
At 11:29 da tarde, Blogger seabra o "boss" said...

Ai meu deus...
mas que filme na minha cabeça...


Por mim, pode ser no hard-club,
Até era engraçado se fosse assim:
Atomic Hooligan a abrir as 00h00;
Basic Functions a partir das 2h00;
plump dj's as 4h;
Koma & Bones a partir das 6h;
e finalmente,
Basic Functions a partir tudo a partir das 8 da manha...
que me dizem a esta ideia?

 
At 11:36 da tarde, Anonymous Anónimo said...

a partir das 8 pode ser minimal? :D

 
At 7:32 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Notas breves de pés assentes na terra.
Alô Seabra (is mad) e esquecido.

1) Sabes de onde são os rapazes por quem te babas? Ajudo-te: de um sítio onde o tempo passa e a caravana nunca chega.

2) O senhor dos aneis de breaks, rapaz audaz, peca num ponto, muito ao estilo pacense: sem aquilo com se compram as alheiras não se fazem milagres.

3) Numa dupla em que uma das pernas vem já aqui a questionar-se acerca do espaço possível para o minimal não mostra que ele gosta tanto de breaks como eu? Já agora podem passar electro qualquer coisa? Sintomático.

4) Ser-se bom dj é muito diferente de saber acertar umas batidas. É importante saber criar um mito. O mito das drogas? Vá. O mito das gajas? Boa. O mito da irreverência? Um assombro. Qual é o mito desta dupla? Serem teus amigos? Not enaugh. E comandar uma pista tem muito que se lhe diga. Há os homens, há as gajas e há aqueles que devemos dominar para a coisa se manter. Nesta dupla, enquanto dupla a coisa funciona assim?

5) Ser-se amigo também é dizer-lhes as verdade.

Abraço

 
At 9:02 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ouça la sr curador, já não se pode sonhar?!
E mais lhe digo, o minimal fica sempre bem num after party... mas claro que opiniões todos as dão!
Já agora, gostos musicais não se discutem, mas discuta os seus que eu discuto os meus!!
abraço

 
At 10:28 da tarde, Blogger seabra o "boss" said...

Caro Curador, quero desde já agradecer a passagem por cá e o comentário, mas perante tantas perguntas só me deixas uma opção, por isso, cá vai disto:

1) São da mesma terra onde em tempos que já lá vão "começou" a carreira (entre outros) o dj vibe (considerado por muita gente como o melhor nacional.

2) Com a quantidade de tesos que há nesta terra a andar de Mercedes e de BMW, não sei se concordo com este ponto de vista

3) Cada macaco no seu galho(sem ofensa), ok, é justo.

4) Espantam-me essas palavras vindas de alguem que é (ou pelo menos foi) DJ. Acertar as batidas é aquilo que qualquer um faz desde que lhe ensinem, mas, a meu ver, a principal função de um dee jay é a de não chatear o pessoal que tem à sua frente e agradar ao maior numero de pessoas possivel e ao próprio(digo eu que não percebo nada disto), já tentaste ensinar a alguém como é que isso se faz? É nesses momentos que uma mala com 100 discos se torna minuscula perante a possibilidade infindavel de escolhas.
Falaste tambem no mito desta dupla, um dj não é suposto ser um mito, um dj passa a musica que os outros fazem. Pergunto eu qual é o misticismo disso? O mito esta em cada musica e no seu significado para cada um daqueles que a estão a ouvir e a dar a sua opinião. Opiniões tão diferentes que convergem em duas extremidades: gostar, ou não gostar.

5) Dizes "tambem" porque?

Abraço.

 
At 1:28 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Caro amigo:

1) Não foi o dj vibe que cá "começou" mas antes Carlos Manaça e saiu do 17 porque foi depedido - dizia-se que a musica dele era esquesita, que não valia ponta.

2)o curador referia-se ao Sr. Sergio por falhar nos pagamentos...

3)ok, é justo.

4)em 15 dias, se tiveres vontade e material disponivel, misturas na bom, vê o caso do Braulio que pára no ad hoc, ninguem o ensinou e ele desenrasca-se.
a função de um dj é de te por a dançar e não de te não chatear.
Quando se refere ao mito, refere-se a algo que tu saias da festa a dizer: "foda####-se é por isso que este gajo é bom, fantastico, viste aque pormenor?".
Claro o dj passa musica dos outros mas, se passar as dele ou ainda a dos outros mas exclusivas que ainda ninguem tem... melhor não, isso não faz logo dele melhor do que os outros?: "a quela musica que ele tocou, ainda não á na net..."

não comento o ponto 5 mas, ao escrever isto estou a comentar certo?

 
At 2:15 da tarde, Blogger seabra o "boss" said...

1) peço desculpa pelo lapso, mas a ideia esta clara, e ja agora, quantos e que chamam esquisita a tua musica?

2) Eu sei que isso tambem é muito importante, mas, diz-me: se não fosse o Sergio, terias feito a abertura para Smithmonger? ou para Rich Thair? Será que também não lhe deves nada?

4) Não pretendo entrar em polémicas num campo em que saio claramente desfavorecido relativamente a todos os outros que deixaram comentários aqui até agora, mas, estas a falar de uma festa à qual toda a gente vai para ver e ouvir o dj, e aí sera muito mais facil por o pessoal a dançar, mas um dj não é só alguem que põe musica numa festa, aquilo que tu fazes no adhoc tambem é dj'ing, e aquilo que o curador faz na radio tambem e aí o caso é completamente diferente. E desde já te digo que já saí de muitas festas a dizer "este gajo é mesmo bom" e de outras a dizer "este gajo é mesmo mau", e em todas elas tinha gente a dançar, mas sair de um bar onde estas sentado a ouvir musica e dizer maravilhas do dj não será assim tão frequente, apenas falas do dj quando ele esteve francamente mal.

(começou a aula, continuo mais tarde)

 
At 2:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O tempo é curto, mas eu volto. Ainda assim, aproveito para dizer uma coisita: disse tanta verdade no último post que as mensagens e continuaram! Gosto disso. Uma opinião é uma opinião, desde que tenha argumentos que a sustente. Já quando se fala em gostos, a coisa pia doutra maneira. No meu primeiro post, caro A.Neto, nunca me referi ao meu gosto particular. Apenas referi que ir a uma festa de breaks e ser bafejado com minimal é tipicamente provinciano: convida-se para uma coisa e oferece-se outra (o mais normal nas nossas garagens-discoteca, não é?). Se é breaks assuma-se. Se não é breaks não a publicitem como isso! Quanto ao demais, cá voltarei.

 
At 3:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ora bem, cá voltei, mais rápido que o que contava.
Ultrapassada a questão do A. Neto, singela por sinal, vamos a outras curvas.
Entendam que não defendo que se sonhe baixinho, bem pelo contrário. Sou apologista do sempre a esforçar para a frente, e suponho que os meus convivas visitantes deste blog podem atestar com as minhas ligações ao mundo (diria mais aldeia) da música. Abdiquei, à custa dessa atitude, de me ligar a residências nas costumadas garagens porque aquele espaço nunca me deixaria respirar a música que ouço, e como não tenho perfil para fretes...
Assim, a minha observação acerca do teu post saudosista tem como objectivo, apenas, sermos mais realistas e frontais com a realidade das cambalhotas do meandro.
Em relação aos pontos (e venha a lenha agora!), tenho a dizer que:

1) Tanto o Carlos Manaça como o Tó Pereira são oriundos da metrópole capital, mas os trilhos percorridos são diferentes como a água do vinho: ambos são bons mas com muitas nuances IMPORTANTES a distingui-los. O Manaça veio para a MÍTICA discoteca 17, pela mão do (esse sim) saudoso F. Malheiro, um visionário nas lides noctívagas da década de 80 e parte dos 90, com o qual pude partilhar excelentes momentos, e, dizia eu, o Manaça veio com apenas 17/18 aninhos, cheios de vontade e querer. Mudar-se de Lx para a Capital do Móvel que ainda não o era, não deve ser nada fácil. Mas ele, que já se destacava, melhorou. E melhorou tanto que o 17 de tão grande para nós, se tornou pequeno na ambição e musicalidade. O Manaça tornou-se numa mão que já não cabia nesta luva elegante. Escorraçado? Nunca: sempre foi e será dos DJ’s, que por cá viveram, dos mais acarinhados. (Dos outros emblemáticos, recordo-me de João Gonçalves – considerado por muitos na sua época como o melhor dos melhores em terras lusas – e o Hugo Brasil, que ainda há poucos anos o vi a sustentar o Kiss, pelas albufeiras algarvias. Há mais.)

2) O senhor Sérigio, que muito empreende no breaks, tem calcanhar de Aquiles. O facto de não liquidar tratados definhe-lhe a personalidade. E isso, como deves imaginar, retira qualquer estímulo para manter a passada em conjunto. Sociedades em que só um lado ganha soa-me a patranha. Trabalhar de borla nunca dignificou ninguém, ainda que concorde que investir, por vezes é necessário. Mas investir não é trabalhar consequentemente à pala, para um giraço inchar porque faz umas festarolas do caraças. Assim também eu! Por outro lado, era bom que não confundisses, dinheiro, BMW, Mercedes, gostos musicais, e fome de mais e melhor. Ajuda bastante para traçar objectivos.

3) Ó André, ó André... E logo eu que ouço minimal e breaks e fado e pimba!
4) «principal função de um dee jay é a de não chatear o pessoal que tem à sua frente»! Se a ideia é não chatear e agradar sugiro uma jukebox: só toca o que lhe pedem/pagam e ainda por cima, por defeito, toca baixinho, que nem o vizinho de cima incomoda. Sugiro que revejas a tua definição daqueles que hoje dizem que vão TOCAR aqui e acolá, a ver se eu não tenho que escrever mais um testamento.

5) Para fechar o tasco, puxo dos galões que ainda me restam, relembrando-te que frontalidade é coisa que sobeja por estes lados. Doa a quem doer.

Continuação de uma tarde chuvosa para todos! ehehehehehe

 
At 12:15 da tarde, Blogger seabra o "boss" said...

(continuação)
4) Quanto à exclusividade, conconrdo contigo. Já agora, presumo que quisesses dizer "na boa" e não "na bom"; "aquela" escreve-se tudo junto; o "à" deveria ser "há"(pormenores).

E agora em nova resposta ao sr. Curador,

Afinal... Até já saiu alguma coisa de jeito desta terra, certo? E antes do primeiro não tinha saído nenhum. Por isso a visão de (sem ofensa) velho do restelo(já explicada no ultimo comentário "não defendo que se sonhe baixinho(...)"), pode ser posta de parte.

Esqueceste-te da parte de "agradar ao maior numero de pessoas possivel e ao próprio" - uma jukebox nunca agrada a sí própria nem, tão pouco, tem opinião.
Não tiro o merecido mérito ao manipulador de discos, simplesmente digo (ou queria dizer que) o trabalho de quem escolhe o que vai passar a seguir depende em grande parte (para além da musica que tem disponivel no momento,(trabalho de casa)) da reacção do publico à faixa anterior e dos seus gostos pessoais(à partida, tudo o que esta na mala é do seu agrado). Se o pessoal está a gostar(muito ou pouco) fica, se se estão a marimbar para a musica, mas esses não interessam e são cada vez menos, até podem ficar mais um bocado se a musica começar a agradar... ou não se se estiverem mesmo a marimbar. Mas se quem está a TOCAR vir o pessoal a sair em grupoS e ainda não estiver na hora de fechar, é porque algo se passa, hipoteses:
a) houve ameaça de bomba;
b) alguem estava demasiado tonto para conseguir conter o jantar no estômago(confirmação da hipotese 'a');
c) estão a oferecer copos na porta ao lado;
d) a musica está a chatear;
o dj, só pode pensar na última hipotese.

Na parte da frontalidade, penso que estamos no mesmo barco.

Bom almoço.

 
At 6:42 da tarde, Blogger Pre_Mc said...

ai ai ai ai que está tudo tolo.
concordo plenamente com o que o Seabra diz, pois eu olho para traz e vejo dois putos (eu sei que sou mais novo)que gostavam de musica e tinham ambição, foi com muito orgulho e com um sorrizo nos lábios que recebi a noticia que os BASIC FUNCTIONS iam "tocar" no PORTO RIO, pois (sem ofença a paços de ferreira) iam tocar numa grande cidade, i gualmente quando soube do INSOLITO.

tentei sempre acompanhar o evoluir de uma carreira, apesar de uma observação sempre longinqua; tocaram ao lado de grandes nomes e isso ninguem pode negar.

de repente deixei de ter noticias dos BASIC FUNCTIONS, não sei o que se passou, será que acabou?
não sei, e é com muito saudosismo que recordo certos momentos passados ao na presença da dupla.

alguem que me diga o que se passa com eles. desejo a melhor sorte aos BASIC FUNCTIONS, que considero uma grande dupla de dee jays, mesmo "tocando" um estilo musical que não é da minha eleição, mesmo assim pelo que conheço e que VI, é uma grande dupla.

acerca da grande conversa gerada em torno deste post, tenho uma coisa a dizer: PAREM COM ISSO, POIS ISTO ESTÁ A TORNAR-SE UMA CONVERSA DE CAFÉ; porque não se juntam e a tornam nisso mesmo?

um grande abraço para todos que vivem a musica (e também para os outros)

já agora; nova gaia a rokar forte

 
At 7:08 da tarde, Anonymous Anónimo said...

:)


Qual é o mal em tornar isto uma conversa de café?

 
At 7:22 da tarde, Blogger seabra o "boss" said...

Pre_Mc, Benvindo ao meu espaço na blogosfera, obrigado pelas palavras que deixas ficar e pelo pensamento que tens contigo.

Vai aparecendo e seras recebido de braços abertos.

p.s. quando é que vens a paços beber um copo com a malta?

 

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